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Design de Interiores para Autistas: Impactos Positivos no Desenvolvimento de Crianças com TEA

  • Foto do escritor: Elisama Zamberlan
    Elisama Zamberlan
  • 3 de jun. de 2024
  • 10 min de leitura

Atualizado: 4 de jun. de 2024

Foto de Alireza Attari na Unsplash

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica complexa que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Cada criança com TEA é única e apresenta um conjunto de características e necessidades específicas. Por isso, o design de interiores pode desempenhar um papel chave no desenvolvimento dessas crianças.


Embora o TEA afete pessoas de todas as idades, esta matéria focará especificamente nas necessidades e no desenvolvimento de crianças com TEA. Exploraremos como o design de interiores pode ser uma ferramenta poderosa para criar ambientes que promovam o desenvolvimento, a aprendizagem e o bem-estar dessas crianças, abordando suas necessidades sensoriais e comportamentais únicas.


Aqui você encontrará várias recomendações que ajudarão crianças com TEA a viver de forma mais segura e confortável. Embora essas sugestões sejam especialmente importantes para crianças com TEA, elas também podem beneficiar crianças sem o transtorno. O fato é que crianças com TEA precisam de um acompanhamento mais próximo, e um design de interiores bem planejado pode contribuir significativamente para a independência e bem-estar dessas crianças.


Entendendo o TEA e Suas Implicações

O TEA se manifesta de várias formas, desde dificuldades na comunicação verbal e não verbal até comportamentos repetitivos e sensibilidade sensorial acentuada. Essa diversidade de manifestações significa que cada ambiente deve ser cuidadosamente planejado para atender às necessidades individuais. A compreensão das características do TEA é o primeiro passo para a criação de espaços que promovam o desenvolvimento e o bem-estar das crianças.


Características do TEA: Crianças com TEA podem apresentar uma ampla gama de habilidades e desafios. Algumas podem ter inteligência acima da média, enquanto outras podem enfrentar dificuldades significativas de aprendizado. Além disso, muitas crianças com TEA têm interesses restritos e intensos em temas específicos, bem como uma forte preferência por rotinas. Entender essas características é fundamental para criar ambientes que sejam ao mesmo tempo estimulantes e confortáveis.


Projeto Quarto Be Blue de Studio Gemus para CasaCor Goiás 2021.

Impacto Ambiental: O ambiente físico pode ter um impacto profundo no comportamento e nas emoções das crianças com TEA. Um ambiente bem projetado pode ajudar a reduzir comportamentos problemáticos, melhorar a atenção e a concentração, e promover uma sensação de calma e segurança. Por outro lado, um ambiente mal projetado pode aumentar ou causar a ansiedade, o estresse e os comportamentos desafiadores.


TEA em Adultos: Vale ressaltar que o transtorno do espectro autista não se restringe à infância; muitos adultos também vivem com TEA e enfrentam desafios únicos no cotidiano. Em adultos, o TEA pode se manifestar em dificuldades persistentes na interação social e na comunicação, além de uma forte aderência a rotinas e interesses restritos. Sensibilidades sensoriais continuam a ser uma preocupação significativa, afetando a capacidade de funcionar em ambientes comuns de trabalho e lazer. Compreender as necessidades dos adultos com TEA é necessário para desenvolver espaços de trabalho inclusivos, áreas de convivência e residências que proporcionem um ambiente de apoio e bem-estar.


Assim como para as crianças, o design de interiores para adultos com TEA deve focar na criação de espaços calmantes, organizados e sensorialmente adaptáveis, ajudando a reduzir o estresse e a melhorar a qualidade de vida geral.


Design Sensorialmente Consciente


Crianças com TEA frequentemente têm sensibilidades sensoriais únicas. Para muitas, estímulos como luz intensa, sons altos, ou texturas específicas podem ser desconfortáveis ou até dolorosos. O design sensorialmente consciente visa minimizar esses estímulos e criar ambientes que sejam confortáveis e seguros.


Iluminação: A iluminação deve ser suave e difusa, evitando luzes fluorescentes que piscam e podem ser perturbadoras. Luz natural é ideal, mas deve ser controlada com cortinas ou persianas para evitar o excesso de brilho. Adicionalmente, o uso de luminárias reguláveis pode ajudar a ajustar a intensidade da luz conforme necessário, proporcionando um controle maior sobre o ambiente.


Cores: Cores neutras e tons pastéis são preferíveis, pois cores muito vibrantes podem ser estimulantes demais. Azul e verde são opções calmantes que podem ajudar a reduzir a ansiedade. A escolha das cores deve levar em conta as preferências individuais da criança, assim como a função de cada espaço. Por exemplo, cores mais suaves podem ser usadas em áreas de descanso, enquanto cores ligeiramente mais vibrantes podem ser usadas em áreas de atividade para promover a atenção sem sobrecarregar.


Projeto Quarto Be Blue de Studio Gemus para CasaCor Goiás 2021.

A psicologia das cores é um campo fascinante e complexo, que estuda como as diferentes cores podem afetar nossas emoções e comportamentos. No entanto, é importante lembrar que a reação a uma cor pode variar significativamente de pessoa para pessoa, ou seja, não existe uma única resposta a uma cor específica. Cada personalidade e experiência individual influenciam como uma cor é percebida e sentida. Por exemplo, enquanto algumas pessoas podem achar o azul calmante, outras podem não reagir da mesma forma.


Portanto, ao projetar ambientes para crianças com TEA, é essencial entender como cada cor impacta individualmente cada criança. Essa abordagem personalizada garante que o design do ambiente seja verdadeiramente eficaz e benéfico, atendendo às necessidades únicas de cada criança.


Texturas: Materiais suaves e táteis, como tecidos de algodão ou lã, são recomendados. Evite texturas ásperas ou irritantes que podem causar desconforto. A inclusão de diferentes texturas pode ser usada como parte de um ambiente sensorialmente enriquecido, ajudando as crianças a explorarem e a se envolverem com o espaço de maneira segura e confortável.


Sons: Ambientes silenciosos são fundamentais. Se possível, incorpore isolamento acústico nas paredes e tetos para minimizar ruídos externos. Música suave ou sons da natureza podem ser tranquilizantes. Tecnologias como máquinas de ruído branco ou sistemas de som ambiente podem ser usados para criar um ambiente sonoro controlado que ajuda a manter a calma e a concentração.


Promovendo a Segurança e a Acessibilidade


Para crianças com TEA, a segurança e a acessibilidade são essenciais. Um ambiente seguro e acessível não só protege contra acidentes, mas também promove a independência.


Projeto de quarto para criança autista — Foto: Claudia Carvalho / Divulgação

Mobiliário: Escolha móveis com bordas arredondadas para evitar lesões. Evite móveis que possam ser escalados ou que tenham partes móveis perigosas. Além disso, móveis pesados e estáveis são preferíveis, pois são menos propensos a serem derrubados ou movidos acidentalmente, reduzindo o risco de acidentes.


Organização: Espaços organizados ajudam as crianças a entenderem e preverem o ambiente. Use sistemas de armazenamento que permitam fácil acesso e visualização dos itens. A organização clara e consistente também pode ajudar a reduzir a ansiedade, proporcionando um ambiente previsível e seguro.


Dispositivos de Segurança: Instale fechaduras e travas em portas e janelas para evitar fugas. Sensores de movimento e câmeras de monitoramento podem ser úteis para supervisionar sem invadir a privacidade. Adicionalmente, o uso de tapetes antiderrapantes, proteções para tomadas elétricas e portas de segurança em escadas pode ajudar a criar um ambiente mais seguro.


Facilitando a Comunicação e a Interação Social


Ambientes bem projetados podem facilitar a comunicação e a interação social, aspectos muitas vezes desafiadores para crianças com TEA.


Espaços de Convivência: Crie áreas de convivência confortáveis que incentivem a interação social. Dispor móveis em círculos ou semicírculos pode facilitar a comunicação face a face. Além disso, áreas de convivência devem ser projetadas para minimizar distrações, proporcionando um espaço onde as crianças possam se concentrar nas interações sociais.



Recursos Visuais: Utilize quadros de comunicação visual, pictogramas e cartões de comunicação para ajudar as crianças a expressarem seus pensamentos e necessidades. Estes recursos são essenciais para crianças não verbais ou com dificuldades de linguagem. A comunicação visual pode ser incorporada em várias áreas da casa, como a cozinha, o banheiro e o quarto, ajudando as crianças a entenderem e a navegarem pelo ambiente de forma independente.


Tecnologia Assistiva: Ferramentas como tablets com aplicativos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA) podem ser integradas ao ambiente. Esses dispositivos ajudam as crianças a se comunicarem de forma mais eficaz. Além disso, tecnologias como dispositivos de reconhecimento de voz e assistentes virtuais podem ser usados para ajudar as crianças a realizarem tarefas diárias e a se comunicarem com mais facilidade.


Tecnologias Residenciais: Para garantir um ambiente acessível e acolhedor, as tecnologias residenciais desempenham um papel fundamental. A automação residencial oferece a integração de vários aspectos do ambiente, desde a sonorização, fator sensorial relevante, até a iluminação, que, como mencionado anteriormente, desempenha um papel crucial. A possibilidade de integrar sistemas RGB permite a criação de atmosferas específicas, com cores adaptadas a diferentes momentos e necessidades. Além disso, a climatização do ambiente pode ser controlada e regulada por meio de sensores, proporcionando conforto térmico sob medida.


A conveniência é aprimorada pela facilidade de controle, seja por meio de aplicativos ou por keypads estrategicamente posicionados nas paredes, oferecendo diversas opções de personalização, desde o número de teclas até os ícones e indicadores LED. Essas tecnologias não apenas facilitam a implementação de um ambiente acessível, mas também contribuem para criar um espaço acolhedor, onde as necessidades individuais são atendidas de forma eficiente e eficaz.

 

Promovendo a Independência e a Autonomia


O design de interiores pode apoiar a independência e a autonomia das crianças com TEA, permitindo que elas se envolvam em atividades diárias com mais confiança.


Espaços de Aprendizado: Crie áreas de estudo bem-organizadas e equipadas com materiais de ensino apropriados. Utilize prateleiras e gavetas rotuladas para facilitar a organização e o acesso aos materiais. Além disso, fornecer um espaço dedicado para atividades educativas pode ajudar a criar uma rotina de aprendizado, promovendo a independência acadêmica.


Elementos de Acessibilidade: Inclua rampas, corrimãos e portas largas para facilitar a mobilidade. Assegure-se de que os interruptores de luz e tomadas elétricas estejam ao alcance das crianças. Equipamentos como cadeiras de banho adaptadas e barras de apoio podem ajudar a aumentar a independência em atividades diárias como tomar banho e usar o banheiro.


Tecnologia Assistiva: Utilize dispositivos como relógios inteligentes, cronômetros visuais e aplicativos de agendamento para ajudar as crianças a gerenciarem seu tempo e tarefas diárias de forma independente. Essas ferramentas não só ajudam na organização do dia a dia, mas também promovem um senso de responsabilidade e autonomia.


Colaboração Multidisciplinar e Abordagem Centrada na Criança


O design de interiores para crianças com TEA deve ser parte de uma abordagem multidisciplinar e centrada na criança. Envolver profissionais de diversas áreas é essencial para criar um ambiente que realmente atenda às necessidades específicas da criança.


Profissionais Envolvidos: Arquitetos, designers de interiores, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e educadores especiais devem trabalhar juntos para criar um espaço holístico e integrado. A colaboração entre esses profissionais garante que todos os aspectos das necessidades da criança sejam considerados, desde a acessibilidade física até o suporte educacional e emocional.


Abordagem Centrada na Criança: Envolver a criança e sua família no processo de design é crucial. Isso garante que o ambiente reflita as preferências e necessidades da criança, promovendo um senso de pertencimento e conforto. Realizar entrevistas e visitas domiciliares pode ajudar a compreender melhor as necessidades individuais e a adaptar o design de acordo.


Biofilia: Integração de Elementos Naturais


A incorporação de elementos naturais no design de interiores pode ter um impacto positivo significativo no bem-estar das crianças com TEA.


Plantas e Natureza: Introduzir plantas e elementos naturais no ambiente pode criar uma atmosfera calma e relaxante. Plantas não só melhoram a qualidade do ar, mas também proporcionam um ponto de foco visual que pode ajudar a reduzir a ansiedade. Além disso, a presença de elementos naturais pode incentivar a curiosidade e a exploração, promovendo o desenvolvimento sensorial.



Fique atento: Embora as plantas possam melhorar a qualidade do ar e trazer um

toque de natureza para o ambiente, elas também podem atrair insetos, causar alergias e exigir manutenção constante. Durante o processo de fotossíntese, as plantas liberam oxigênio, mas à noite, sem luz, elas liberam dióxido de carbono, o que pode impactar a qualidade do ar durante o sono. Além disso, algumas crianças podem ser tentadas a mexer nas plantas, o que pode representar um risco de segurança. Por essas razões, é melhor optar por alternativas decorativas que sejam igualmente benéficas, mas menos problemáticas.


Luz Natural: Maximizar o uso de luz natural pode melhorar o humor e regular o ciclo de sono-vigília. Janelas amplas e claraboias são ótimas opções para trazer luz natural para o interior. O uso de espelhos para refletir a luz natural pode também ajudar a iluminar áreas escuras, criando um ambiente mais brilhante e acolhedor.


Espaços de Relaxamento e Autorregulação


Crianças com TEA podem se beneficiar significativamente de espaços dedicados ao relaxamento e à autorregulação.


Salas de Sensoriais: Crie salas sensoriais equipadas com ferramentas como bolas de exercício, balanços terapêuticos, e brinquedos de compressão profunda. Esses espaços permitem que as crianças explorem e respondam a estímulos sensoriais de forma controlada e segura. Salas sensoriais também podem incluir iluminação ajustável e música calma para ajudar a criar um ambiente relaxante.


Projeto de Numen Arquitetura

Cantinhos de Leitura e Relaxamento: Designar áreas tranquilas para leitura ou descanso pode proporcionar um refúgio seguro para as crianças. Esses espaços devem ser confortáveis e livres de distrações, permitindo que as crianças relaxem e recarreguem as energias. A inclusão de almofadas, mantas e livros favoritos pode tornar esses cantinhos ainda mais acolhedores.


Exemplos Práticos e Estudos de Caso


Explorar exemplos práticos e estudos de caso de ambientes projetados para crianças com TEA pode fornecer insights valiosos e inspiradores.


Escolas e Centros Terapêuticos: Muitos ambientes educacionais e terapêuticos já incorporam princípios de design sensorialmente consciente. Por exemplo, a Escola de Autismo de Denver é conhecida por seu uso de cores suaves, iluminação natural e espaços sensoriais dedicados. Estudar esses exemplos pode fornecer ideias práticas e inspiradoras para a criação de ambientes domésticos.


Residências Adaptadas: Casas projetadas especificamente para famílias com crianças com TEA podem servir como modelos. Essas casas frequentemente incorporam muitos dos princípios discutidos, desde a iluminação até a organização do espaço. O projeto Autism House, na Austrália, é um exemplo notável de como o design de interiores pode ser adaptado para atender às necessidades de famílias com crianças autistas, utilizando elementos como jardins sensoriais, quartos acolhedores e áreas de atividade estruturadas.


O Impacto Duradouro do Design de Interiores para Crianças com TEA


O design de interiores para crianças com TEA vai além de simplesmente decorar um espaço. É uma expressão tangível de amor e cuidado, demonstrando um compromisso genuíno com o bem-estar e o desenvolvimento dessas crianças. O design de interiores desempenha um papel primordial neste desenvolvimento, oferecendo suporte às suas necessidades únicas.


Compreender as características do TEA e aplicar princípios de design sensorialmente consciente, segurança, acessibilidade e flexibilidade pode criar ambientes que não só são funcionais, mas também enriquecedores e acolhedores.


Projeto de Artke Arquitetura e Interiores

Ao adotar uma abordagem centrada na criança e colaborar com profissionais de diversas áreas, é possível criar espaços que realmente atendam às necessidades específicas das crianças com TEA. Esses ambientes não só promovem o desenvolvimento e o bem-estar, mas também proporcionam às crianças um senso de segurança, autonomia e pertencimento.


Investir no design de interiores para crianças com TEA é investir em seu futuro, garantindo que tenham o suporte necessário para prosperar e alcançar seu pleno potencial. Por meio de um design cuidadoso e intencional, podemos criar ambientes que não apenas atendem às necessidades imediatas, mas também contribuem para o crescimento e desenvolvimento a longo prazo dessas crianças.


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Referências Bibliográficas

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